domingo, 18 de dezembro de 2011



Príncipe encantado existe?

    Muitas mulheres acreditam que existe o tão sonhado príncipe encantado embora outras acreditem que é apenas uma invenção do cinema hollywoodiano. Os filmes de forma geral sempre têm  um mocinho, que por sua vez é o sonho de todas as mulheres, ele é atencioso, bonito, carinhoso, vive em função de seu amor e é sempre  perfeito. Mas a realidade está bem longe da ficção, não se é perfeito durante todo o tempo e  nem para todos como os filmes sempre mostram.
       O filme é um roteiro que possui  um começo e um fim já determinado e que embora o mocinho sofra todos os tipos de maldades e injustiças ele sempre se  dará bem no final ao lado de sua amada. O amor nos dias atuais é provado todos os dias e muitas vezes acaba deixando de existir por se exigir demais de uma pessoa que nunca será perfeita e que nunca será exatamente igual ao mocinho de um filme romântico.
      As pessoas não são perfeitas, elas cometem erros, choram e se arrependem. Só é possível amar alguém quando se conhece todos os seus defeitos, vícios e manias, e  mesmo sabendo disso tudo você continua gostando e admirando a mesma.
    O amor não tem uma fórmula, cabe a cada um descobrir esse sentimento e demonstrá-lo. Muitos dizem que os opostos se atraem, mas quem garante? Não se escolhe quem se ama, o amor é construído através da convivência. Existem os mais variados tipos de casais e mesmo sendo muito parecidos ou muito diferentes eles são felizes, porque  antes de tudo aceitam as suas diferenças e aprendem a conviver com elas.
     Quando se tem a mente aberta você pode ver o mundo com um olhar bem mais amplo, pois as aparências enganam e muito,  você deve olhar as pessoas e independente de sua aparência aceita-las. Talvez o amor da sua vida esteja  bem do  seu lado agora e você não quer abrir os olhos para enxergá-lo. As pessoas de mente aberta estão mais susceptíveis a descobrirem coisas novas e aprenderem  com elas, logo elas não se preocupam em encontrar o seu “príncipe encantado” e sim descobrir que o amor pode estar onde menos se imagina.


                                                                                       --  authored by Mirela Ramos Maturana

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A canção do Amor !

          
          "Eu ia fazer. Estava determinado. Ia por um fim na fidelidade eterna, e quebrar a maior promessa de minha vida."
               Eram 18:10 da tarde, e eu estava tomando meu banho para ir me encontrar com a moça do bairro vizinho. Estava nervoso e muito ansioso para conhece-la, para sentir de novo o contato homem-mulher. Algo me dizia que eu tinha que fazer, como uma nova tentativa de comprovar mesmo se eu poderia ou não voltar a ser "normal". E como é de praxe e usual de meu estilo, coloquei uma camisa estampada de Heavy (do RAMONES), e um bracelete Rock in Roll. Estava pronto pro primeiro encontro com a moça do bairro vizinho, ia conhecer ela, ia trocar experiências com ela, ia [...]. Tudo estava perfeito, mas eu não tinha certeza se era mesmo isso que eu queria naquele momento, na verdade não tinha certeza se aquele era eu mesmo. Fiquei cego por motivos machistas e me esqueci de tudo que sempre planejei pra minha vida. Mas ... eu sabia que entre todos os motivos que me fazem viver um deles tem a ver com meu ego, com minha opnião. 
             Descendo a ladeira da minha casa, já fui pensando de como seria um momento que não fosse com a minha "menininha"--- deve ser horrível --- pensei. Mesmo com muitas dúvidas e pouco acreditando que teria mesmo coragem, la fui eu, partindo para o pecado, como um cão que fuça o lixo atrás de comida. Estava mesmo determinado, ou não. Mas que eu estava indo pra lá, a sim estava. Percebi uma música vindo de longe, quase sumindo e quando fui descendo a rua, pude perceber que está era a trilha sonora da minha vida, de momentos inesquecíveis com minha "menininha". Era a música codinome beija-flor do cantor e compositor Cazuza, que tem uma letra muito incisiva e apaixonante. Andando um pouco, e me distanciando da casa onde a música tocava, percebi que ela se repetia em mais duas casas a diante, e na última o som estava ainda mais alto, trechos da música como, "[...] pra que usar de tanta educação, pra destilar terceiras intenções ...", era inevitável não relembrar de tudo. E chegando no ponto de ônibus, era mais perceptível ainda aquela letra tão forte. 
            O ônibus chega e dele desce a moça do bairro vizinho, muito bonita e bem arrumada, minhas primeiras palavras foram: "onde é a festa?". Ela com um sorriso, me da um abraço e diz baixinho no meu ouvido:"Vida longa ao Rock". E eu como sempre já estava planejando uma forma de como enrolar a moça. Conversamos e vimos muita coisa em comum que temos, e decidi convidar ela então pra dar uma volta do Shopping pra não ficar tão ridículo o nosso encontro. No caminho ela mandava várias indiretas, elogiando meu estilo e me exaltando la pra cima, e eu habitualmente apenas agradecendo e deixando tudo fluir. Chegando na lanchonete do shopping la pelas de 20:40 da noite, percebemos que tinha um acústico daqueles estilo barzinho que é comum por lá. O grupo tocava uma música do Capital inicial quando chegamos, e logo quando estávamos pra sentar a mesa, eles emendam com a velha canção que me traz lembranças. Era novamente a Codinome Beija Flor, e dessa vez tocada num estilo ainda mais romântico e cadenciado, como se fosse uma arma contra o meu machismo, lembrando a mim que meu coração não pode brincar assim com o da "menininha". Eu estava frente a frente com aquela moça agradabilíssima, que havia conhecido horas atrás. E minha vontade era pular para cima dela como um Tigre Asiático capturando uma caça. Estava tudo perfeito, show ao vivo, comendo na lanchonete, uma mulher linda me dando chance, o que mais eu queria? Não tem explicação. Sempre falta alguma coisa, sempre falta algo mais. Sinto falta da sinceridade mutua, sinto falta de generosidade, compreensão e carinho que só a minha "menininha tem". Bom, e para a moça não ficar triste fomos na loja beco do Rock e dei uma camiseta do Kiss pra ela, e inventei uma desculpa qualquer, do tipo esqueci alguma coisa importante para fazer la em casa. E uma daquelas despedidas assim:"outro dia a gente marca outro encontro, e conversamos mais". Tudo para sair fora da moça, sempre com classe e educação. Hoje, somos bons amigos, e pelo que vi ela já entendeu tudo e sabe que por trás desse cara maluco aqui, se esconde um grande apaixonado.
              Agora, depois que tudo isso aconteceu, acredito casa vez mais na força do amor, no poder que ele tem de nos controlar, e nos fazer pensar muitas vezes antes de cometer um erro. Espero que o amor me ajude muitas vezes em novas batalhas contra o meu ego. Procuro sempre evoluir com as experiências que eu enfrento e sempre tiro bom proveito delas. Estou em processo de aprendizado e amadurecendo cada vez mais a minha opinião e minha grande promessa de vida. Vida longa ao Rock.


                                                                                 --  authored by:  Andrei Girardi